O Bozo era adulto; Vovó Mafalda e o Papai Papudo, uma dupla de velhinhos simpáticos de quem eu gostava muito. Não perdia nenhum programa.
A Vovó gravava discos próprios com canções divertidíssimas.
– “Tumbalacatumba tumbatá. Quando o relógio bate às três, todas caveiras imitam chinês. Tumbalacatumba tumbatá, tumbalacatumba tumbatá. Quando o relógio bate às quatro, todas caveiras tiram retrato. Tumbalacatumba tumbatá, tumbalacatumba tumbatá”. (escute)
– “Vovó Mafalda está um pouco gorducha (Eu sei, mas sou a cara da Xuxa). Vovó Mafalda teve muitos namorados, não se lembra foram tantos (Só não esqueci do Silvio Santos)”. (escute)
– “Ela é tão charmosa sempre carinhosa (Mas ninguém quer me namorar). Tem uma carinha que é uma gracinha (Mas ninguém quer me namorar) Tem só um defeito, nem se vê direito (Mas ninguém quer me namorar. Meu defeito quase ninguém diz, é a barriga que me faz tão infeliz)”. (escute)
– “Tchau, tchau, tchau, eu vou viajar. Tchau, tchau, tchau, logo logo eu vou voltar,…” (escute)
Minha infância foi muito mais divertida com essas músicas e com os programas que ela apresentava: Do Ré Mi e Sessão Desenho. Só as apresentações no Bozo não eram suficientes para uma vovó tão engraçada.
Entretanto, tomei um susto quando descobri que na verdade era um vovô. Como que é? Não é Vovó Mafalda? É Valentino Guzzo? Onde já se viu uma senhora se chamar Valentino? Manhê, a Vovó é homem! Eles me enganaram! Caçarola!
Logo que cresci um pouquinho mais, conheci a história de Valentino Guzzo. Trata-se de um gigante da televisão, que atuou em todas as áreas e emissoras. Um baita cara que fez história e merece ser lembrado mais vezes.
Pai da cantora Beth Guzzo e da Vanessa Guzzo, que trabalha com o Ratinho. Certa vez, meu pai (radialista) promoveu um show no qual Beth se apresentou. Ela veio acompanhada da mãe Cleuza, que mantinha um alto-astral contagiante.
Diante das duas, muito alegres e simpáticas, senti que a Vovó Mafalda, feminíssima, existia de verdade. Eram essas mulheres que iluminavam a vida do Valentino, que eu queria muito ter conhecido pessoalmente.
Eu tinha certeza absoluta de q Vovó Mafalda era mesmo mulher, tanto q discutia mesmo c/ qquer um q me dissesse o contrário, inclusive c/ minha avó de verdade (pq adotei a Vovó Mafalda como minha avó tb. a outra avó q nem conheci já q nem meu pai eu conheço) daí o SS fez uma brincadeira c/ o Valentino Guzzo e naquele dia a câmera focalizou o rosto dele. Qdo olhei nos olhos e ouvi a voz familiar é q vi q a errada era eu e não os outros. Passou – se o tempo e qdo a “Vovó Mafalda” faleceu eu senti uma dor tão gde, a mesma q senti qdo meu avô havia falecido 3 anos antes. Saudades dela, mta. Bjs
Patthy, confesso que também senti uma dor muito grande quando ele morreu lá em 1998. Difícil entender, né? Uma pessoa que fez parte da nossa infância e da nossa vida e que a gente não teve a chance de agradecer e poder dizer pessoalmente o quanto ele foi importante para nós. Beijos
Adorava a Vovó Mafalda…
Gente…como doi saudade de infancia.”ALO CRIANÇADA O BOZO CHEGOU…”e quando via vv mafalda pronto já colova na poltrona.fiquei triste com sua partida.Quem viveu este tempo…sabe que não existe nada pra comparar.crianças que parece adultos…adolecentes forçados a ser engraçados aff…não será msm coisa…mas vale a pena tentar nossas crianças prescisam….
ótima lembrança, Valentino Guzzo era sensacional, adorava a Vovó Mafalda.