O tio Tas

Sempre que vejo o Marcelo Tas na televisão é como embarcar rumo à infância. Não se trata apenas de um jornalista e ator de múltiplos personagens, é também uma pessoa que contribuiu quase que diretamente para a formação da minha geração.

Por essa razão, ouso chamá-lo de tio. Tio Tas. Acredito que ele não se importará de ser chamado assim. Desde que me conheço por gente, o tio Tas estava presente de alguma forma. Seja como Ernesto Varela seja como Cabeça Branca ou então como quaisquer das suas interpretações para o público infantil.

Muitos leitores me contam que tinham medo de quando o Professor Tibúrcio surgia na tela. Vinha ligeirinho e saudava: “olá, classe”. O meu caso era diferente. Queria apenas estudar no colégio onde ele dava aula ou em qualquer outro lugar no qual o professor vestisse aquela elegante e venerável toga preta.

Chegou o Telekid, do Castelo Rá-Tim-Bum. “Porque sim não é resposta”, dizia. Na época, meus colegas de escola começavam a usar telefone celular. Uns verdadeiros tijolos com antenas e que faziam ligações. Queria ir além. Sonhava em impressioná-los com um controle remoto igual ao do Telekid, aquele sim continha poderes.

Em março, o CQC retorna na sua quinta temporada. Sinto orgulho de ver que o tio Tas – aquele que é como se tivesse me visto crescer – segue firme na TV. Artistas talentosos e inteligentes são indispensáveis. Este post é uma homenagem a ele e a todos que fizeram nossa infância mais saudável. Veja nós aí.