Tratava-se de uma coleção de sabedoria. A Enciclopédia Barsa era a fonte dos trabalhos escolares desde 1969, quando foi lançada.
Não custava barato. Herdei do meu primo Digo, que havia ganho uma versão mais atualizada. Ostentar uma Barsa na estante significava luxo.
Se a professora pedia tema de casa sobre a Revolução Francesa, buscava-se no livro com a letra R as informações necessárias. A chance dos demais colegas também terem consultado a mesma fonte eram enormes.
Não há enciclopédia que consiga acompanhar o ritmo e concorrer com a Internet. Hoje em dia, a gurizada chega na escola com os trabalhos copiados da Wikipédia na maior cara de pau. Além de uma referência insegura, os textos são paupérrimos.
Apesar das vantagens da tecnologia, gosto de lembrar do quanto era bom pesquisar na Barsa. O Google do século 20. A vida passava em outra velocidade.