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Para gravar música
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Para gravar música

Gravar músicas é fácil nos dias de hoje. Basta copiar do CD para o MP3 player ou até baixar na Internet e ouvir a qualquer hora com qualidade de som.

Difícil era salvar os sucessos dos anos 80. Contava-se com a velha fita cassete. E não havia nada destas engenhocas digitais. Era no gravador mesmo ou no aparelho de som da sala. Quando muito no walkman.

Tarefa que beirava o impossível. Tinha que botar a fita no ponto e sintonizar a rádio. Apertar o play e o rec juntos todas as vezes que uma música estava para começar.

Caso tenha dado sorte de pegá-la desde o começo, a segunda parte da torcida era para que não entrassem as vinhetas da rádio no meio. No caso aqui de Porto Alegre:

– Universaaaaaal, matando a pau!!!!
– Cidadeeeeeeee!!!!
– FM Cento e Quatro!!!!

Impressionante como os locutores não percebiam que estragavam nossas gravações com tais prefixos. Pior ainda eram os apressadinhos que não esperavam terminar a música e entravam falando em cima.

O jeito era esperar algumas horas e tentar pegar a música quando tocasse novamente. E fazer a ordem delas na fita, então? Primeira do lado A, antepenúltima do lado B, começa no A e termina do B. Uma confusão. Exigia muita paciência.

Havia também o risco iminente da fita enroscar dentro do aparelho. Para conservar, cada pessoa sabia uma técnica. A minha era umedecer um cotonete com álcool e passar sobre os cabeçotes. Resolvia.

Nesta aventura, nunca consegui gravar na íntegra “Mordida de Amor”, do Yahoo.

View Comments (13)
  1. Hahahahahahahahaha! eu fazia muuuuuuuuuuuuuuito isso… que saudade!
    Sempre xingava os locutores que metiam as vinhetas no início ou antes de terminar a música, argh!

    adorei esse cantinho!

    Bjo

  2. Kra que bacana seu post…

    Viajei agora até a minha infância e adolecencia, eu também usava a sua tática…

    Me incomodava muito quando eu ia fazer uma seleção de musicas de várias outras fitas em uma só, quando apertava o play e o rec e dava aquele ruído na gravação…

    Abraços….

  3. Massa era um verdadeira luta , esperar a musicar tocar na radio para gravar
    esperei um bom tempo para conseguir gravar o reggae (AMAGNI) .
    Com o milagre da internet a gurizada de hj tem tudo na mão .

  4. hehuehu consegui mordida de amor e muitas outras desse estilo. Só faltou o primeiro acorde, me lembro mto bem disso. Mas muitas outras eu tinha cortadas, vinhetas, locutor falando…Ainda possuo algumas fitas que sobraram da grande coleção que eu tinha. Era uma viajem de ônibus, e lá estava eu levando meu walkmann amarelo e com formato de tijolo e tbm a prova d’agua. Junto, uma sacola de plástico cheia de fitas dentro. Tentava selecionar as melhores para ouvir na viajem, e contava os minutos que cada fita tinha para coincidir com o tempo da viajem. hhuhuheae. Era um trabalheira mesmo … mas essa função de gravar as músicas me divertia muito! Só me irritava realmente com esses locutores…mas ouvi dizer que eles faziam de propósito, para evitar que as pessoas não comprassem os discos e posteriormente os Cds ( que eram mto caros na época). Se eles imaginassem o que iria acontecer com a indústria fonográfica, não teriam se preocupado com essas besteriras. : )

  5. Rapaz…
    E como me lembro das fitas “Hot Tape” da Basf. Minha preferência, eram as fitas da SONY. Mas tudo bem. Acredito, que o único desconforto, pra todo mundo que usou e abusou desse instrumento, eram as chamadas no rádio com as vinhetas, antes mesmo da música terminar. Ah, como eu xingava os locutores… Lembro de um fato curioso que vivi em 85. A música “A view to a kill – Duran Duran” era lançamento. Poucas rádios tocavam, como era novidade. Eu, cansado dos comentários dos “loucotores”, resolvi ir além. Existia aqueles gravadores antigos, que era preciso pressionar os botões PLAY e REC(vermelhinho) ao mesmo tempo. Pois bem, há uma semana da estréia do novo filme de James Bond, fui ao cinema com o tal gravadorzão munido de fita cassete. Como eu já havia visto o filme anteriormente, fui pela 3ª vez só pra gravar essa música. Parece brincadeira, mas é a mais pura verdade!
    Essa fita, tenho aqui comigo guardada até hoje. Vez ou outra eu olho pra ela e dou boas risadas…

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